O passar dos anos e a infinidade de testes laboratoriais realizadas ao longo dos tempos comprovaram: a carne das aves é mais saudável que a carne vermelha. Hoje, isso é consenso entre médicos, nutricionistas e até consumidores.
No comparativo, o frango, por exemplo, possui menos gordura saturada, apontada por especialistas como a grande responsável por problemas cardíacos. Ao contrário de outras carnes, possui pouquíssima gordura entremeada, sendo que a maior parte está localizada embaixo da pele.
É por isso, que muita gente opta por retirar a pele do frango antes de comer, mas só depois do preparo já que ela torna o prato mais tenro e saboroso durante o processo de preparação do prato, seja ele assado, frito ou cozido.
Além de saudável, o frango é um alimento altamente nutritivo. Uma porção de 100 gramas de filé de peito sem pele contém apenas 110 calorias e 23 gramas de proteína, ou seja, 46% da necessidade diária de proteína de um adulto, a partir do padrão estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
Por tudo isso, e pelo sabor irresistível a carne de frango está presente diariamente na mesa do brasileiro e é protagonista nas ocasiões especiais, almoços de domingo, batizados, casamentos, ceias de Natal.
Mas, ainda existem alguns mitos que envolvem o processo produtivo que vem caindo por terra graças à informação e ao avanço dos métodos de criação e avanços tecnológicos da avicultura brasileira.
A maior parte da carne de frango é produzida em grandes empresas integradas ou cooperativas, que adotam práticas de manejo e controles rígidos de produção a fim de produzir uma ave sadia e não estressada. O frango é criado em galpões construídos e equipados para prover condições ambientais ideais para melhorar o bem-estar e o conforto das aves. São alimentadas com rações balanceadas, à base de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas. A nutrição das aves é uma ciência altamente desenvolvida e sofisticada, sendo que o conhecimento existente, hoje, nessa área, é bem mais avançado que na própria nutrição humana.
O abate é realizado em frigoríficos altamente qualificados e equipados, sendo cada vez maior o grau de automação das operações de abate e processamento. As práticas de higiene empregadas na manipulação da carne são extremamente rígidas. Durante o abate e o processamento, existe a inspeção sanitária realizada por médicos veterinários vinculados aos governos municipais, estaduais e federal. No Brasil, mais de 70% das aves abatidas são inspecionadas pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal).
Além de todo esse rigor na produção, como a carne de aves não é consumida crua, o risco de intoxicação alimentar devido à contaminação bacteriana é praticamente zero. As bactérias, que eventualmente possam resistir a todas as etapas do controle sanitário, são exterminadas pelo processo de cocção.
Um frango atinge o peso de 2,5 quilos com 40 dias de vida. Rápido?
Aparentemente, sim. O que muita gente não sabe que esse resultado é fruto de décadas de estudos e pesquisas relacionados à seleção e melhoramento genético, manejo e nutrição balanceada.
Essa velocidade de crescimento não tem nenhuma relação com a utilização de hormônios. Além de ser proibido no Brasil, o uso do hormônio é totalmente inviável, já que não há tempo hábil para resultados satisfatórios, devido ao curto ciclo de vida de uma ave.
Graça ao preço baixo, acessível a todas as camadas da população, a carne de frango vem ao longo do tempo ajudando a criar gerações de brasileiros melhores alimentados e nutridos. Sua exportação tem papel importante na balança comercial do país, trazendo dólares e divulgando o nome do Brasil por todo o mundo.